quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Agostinho Pretto

28/03/1924 Encantado-Rio Grande do Sul                                     06/10/2011 Nova Iguaçu-Rio de Janeiro
Morreu na última quinta-feira, aos 87 anos, o Padre Agostinho Pretto.
O velório e a missa de corpo presente aconteceram na Igreja São José Operário, no bairro Califórnia, em Nova Iguaçu e o sepultamento no Cemitério Jardim da Saudade em Mesquita.


“A gente celebra VIDA. Morte a gente aceita”.
Dom Luciano Bergamin “Padre Agostinho fará muita falta a todos nós, pois foi uma pessoa muito querida. A Igreja vai sentir muito sua ausência, assim como a diocese de Nova Iguaçu. Ele teve uma participação muito importante no desenvolvimento do município. Que Deus conforte sua família e seus amigos”,
Parentes, amigos, pessoas ligadas ao movimento popular, sindicalistas,  políticos e religiosos compareceram para prestar homenagem na missa de corpo presente, concelebrada por Dom Luciano Bergamin e Dom Waldir Calheiros, bispo emérito de Volta Redonda ao lado de grande número de padres e a presença de muitos diáconos e leigos. Pe. Armindo Cattelan, amigo de longa data, representou a Arquidiocese de Porto Alegre (RS).

Companheiros do CEDAC (Centro de Ação Comunitária) ONG da qual era sócio fundador e atual Presidente, Membros da JOC (Juventude Operária Católica), da PO (Pastoral Operária), do MTC (Movimento de Trabalhadores Cristãos) também vieram se despedir daquele que foi o grande colaborador e organizador desses movimentos.
O comparecimento de religiosos das Igrejas Presbiteriana, Batista e da Assembléia de Deus, revelou  a dimensão ecumênica da atuação de Pe. Agostinho. A presença políticos de diversos partidos mostrou também o quanto Padre Agostinho era respeitado e admirado.
Representando a Presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula, o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República Gilberto Carvalho, amigo pessoal de Padre Agostinho, trouxe uma palavra de reconhecimento à sua luta e coragem em um discurso emocionado: "Muitas coisas boas que estão acontecendo hoje no Brasil:  Pró-Uni, Bolsa-Família, PAC, a saída de muita gente da pobreza, tem a ver com a luta do Pe. Agostinho”.
Estavam presentes também o senador Lindberg Farias (PT), o deputado federal Nelson Bornier (PMDB), os deputados estaduais Robson Leite e Inês Pandeló (PT), o prefeito de Mesquita Artur Messias (PT), os vereadores de Nova Iguaçu: Ferreirinha (PT), Fernando Cid (PCdoB), Marcos Fernandes (PRB) e Professora Marli (PT). Tafarel (PT), de Mesquita, Jacozinho (PT), de Belford Roxo e Padre Adelar (PT), ex-presidente da Câmara de São João de Meriti. Dirigentes partidários: Jorge Florêncio (Presidente Estadual do PT-RJ), Alexandre Brito (Presidente PT-Nova Iguaçu), Maurilio Manteiga (Presidente PSDB-Nova Iguaçu) e Alberto Cantalice, membro da direção nacional do PT.

“Trabalhei com ele durante 42 anos em todos os eventos nacionais e internacionais. Ele foi a pessoa mais íntegra e mais comprometida com a causa do povo e com a mensagem de Jesus Cristo que conheci em toda a minha vida. Nunca deixou de ajudar aqueles que precisavam. Ele vai deixar muita saudade a todos que o conheceram”, disse Maria Carvalho de Menezes, 72 anos, conhecida como Sila.
“Boa parte da vida dele foi em Nova Iguaçu. Ele foi uma grande referência para a Igreja de Nova Iguaçu, mas nunca deixou de ter contato com suas raízes do Sul do Brasil. Em fevereiro, ele esteve na cidade de Encantado, onde nasceu, e deixou uma mensagem que dava a sensação que era a despedida dele. De fato, foi”, disse seu sobrinho, Antenor de Conto, 59 anos, que veio do Rio Grande do Sul para se despedir do tio.
“Ele atraia as atenções de maneira espontânea e natural. Seu belo trabalho fez com que ele recebesse o título de Cidadão do Estado do Rio de Janeiro”, completou Antenor.
Uma das últimas pessoas que esteve com o Padre Agostinho em vida foi Célia Ferreira Souza, 42 anos. Ela trabalhou com o padre nos últimos oito anos e revela suas últimas palavras.“No sábado, ele dispensou a enfermeira e pediu para que eu
ficasse com ele. Ele me abraçou, me beijou e disse “Celinha, muito obrigado por tudo”. Padre Agostinho fará muita falta. Graças a ele passei a frequentar a igreja”, lembrou Célia.
A irmã do padre, Gema Pretto, vive no Rio Grande do Sul, mas veio a Nova Iguaçu para passar os últimos dias de vida do irmão junto a ele.
“A gente sente muita falta de um irmão. Mas fico feliz por ter podido me despedir dele. Não conseguimos conversar muito, mas ontem demos as mãos. Foi o adeus”, contou Gema.






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